Dezembro de 2024 – Vol. 29 – Nº 12
Walmor J. Piccinini
Muito se tem escrito sobre o Autismo. Vamos tentar resumir os principais
achados com auxílio da Inteligência Artificial.
Autismo no DSM5
O DSM-5, ou Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, define o
Transtorno do Espectro Autista (TEA) como um transtorno do
neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na interação social,
comunicação e comportamentos repetitivos e restritos. Este, talvez seja o ponto
inovador do DSM5 apresentado em 2013.
Os critérios diagnósticos do TEA no DSM-5 incluem:
- Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em
múltiplos contextos, como:
o Dificuldade em usar a linguagem para se comunicar.
o Pouca resposta quando chamado pelo nome.
o Dificuldade em compreender a linguagem não-verbal e gestos.
o Pouco interesse em interagir com outras crianças. - Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou
atividades, como:
o Movimentos motores estereotipados ou repetitivos.
o Insistência em rotinas e padrões de comportamento rígidos.
o Interesses fixos e intensos.
o Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais.
Esses critérios ajudam os profissionais de saúde a diagnosticar o TEA e a
determinar o grau de suporte necessário para cada indivíduo.
Autismo no CID 11
No CID-11, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é classificado sob o
código 6A02. Esta nova classificação traz uma visão clara das diferentes
manifestações do autismo, permitindo uma identificação mais precisa e uma
abordagem mais individualizada no tratamento.
O TEA no CID-11 é subdividido em categorias baseadas na presença ou
ausência de deficiência intelectual e no comprometimento da linguagem
funcional. Aqui estão algumas das subdivisões:
- 6A02.0: Transtorno do Espectro do Autismo sem Transtorno do
Desenvolvimento Intelectual e com leve ou nenhum comprometimento da
linguagem funcional.
- 6A02.1: Transtorno do Espectro do Autismo com Transtorno do
Desenvolvimento Intelectual e com leve ou nenhum comprometimento da
linguagem funcional.
Essas mudanças refletem uma abordagem mais moderna e inclusiva para o
diagnóstico e tratamento do autismo, alinhando-se com as diretrizes do DSM-5.
Aulas sobre autismo do Professor Francisco Baptista Assumpção na WEB
Você pode encontrar várias aulas e cursos sobre autismo ministrados pelo
Professor Francisco Baptista Assumpção na web. Aqui estão algumas opções:
- Série de aulas sobre Psiquiatria Infantil – Aula 3: Autismo: Nesta aula, o
Professor Francisco Baptista Assumpção Jr aborda o autismo, explicando
conceitos técnicos, abordagens clínicas e tratamentos.
Série de aulas sobre Psiquiatria Infantil – Aula 3: Autismo – YouTube - Curso de Atualização em Transtorno do Espectro Autista: Este curso online,
coordenado pelo Professor Francisco Baptista Assumpção Jr, oferece uma
formação abrangente sobre o autismo, dividido em quatro módulos de aulas
teóricas gravadas. - PEC/ABP: Transtornos do Espectro Autista: Aula ministrada pelo Professor
Francisco Assumpção como parte do Programa de Educação Continuada da
Associação Brasileira de Psiquiatria. - PEC/ABP: Transtornos do Espectro Autista é debatido pelo Dr. Francisco
Assumpção
Essas aulas e cursos são ótimas oportunidades para aprofundar seu
conhecimento sobre o autismo com um especialista renomado na área
Virou moda ser autista?
O aumento na conscientização e no diagnóstico do autismo pode dar a
impressão de que “virou moda”, mas isso não é verdade. Existem várias razões
para essa percepção:
- Maior Conscientização: Nos últimos anos, houve um aumento significativo
na conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isso levou
mais pessoas a buscarem diagnósticos e tratamentos adequados. - Critérios Diagnósticos Ampliados: Com a atualização dos critérios
diagnósticos no DSM-5, mais pessoas passaram a ser diagnosticadas com
TEA. O espectro do autismo é amplo e inclui uma variedade de sintomas e
níveis de gravidade. - Diagnóstico Tardio: Muitas pessoas que não foram diagnosticadas na
infância estão recebendo diagnósticos na idade adulta. Isso pode criar a
impressão de um aumento repentino nos casos de autismo. - Alguns influenciadores que se declaram autistas e usam suas plataformas
para aumentar a conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista
Daniel M. Jones: Conhecido como @theaspieworld no Instagram, ele
compartilha vídeos sobre como é estar no espectro autista.
Haley Moss: Uma advogada e artista que fala sobre inclusão e autismo em
@haleymossart.
Morgan Harper Nichols: Artista e autora, conhecida por seu trabalho
inspirador e por compartilhar sua experiência com o autismo.
Kodi Lee: Vencedor da 14ª temporada do America’s Got Talent, ele é um
músico talentoso e autista.
Julyana Maia: Neurobióloga e criadora do canal Atipicamente, onde fala
sobre autismo e sexualidade.
- Confusão com Outros Transtornos: Alguns sintomas do autismo podem
ser confundidos com outros transtornos, como TDAH, ansiedade social ou
dificuldades de aprendizagem. Isso pode levar a diagnósticos errados ou
tardios. - Estigma e Mitos: Infelizmente, ainda existem muitos estigmas e mitos em
torno do autismo. Algumas pessoas podem ver o aumento nos diagnósticos
como uma “moda” ou “frescura”, o que é um grande equívoco.
O importante é continuar promovendo a conscientização e a compreensão sobre
o autismo, para que as pessoas possam receber o apoio e os recursos de que
precisam.