Dezembro de 2022 – Vol. 27 – Nº 12
Walmor J. Piccinini
O uso indiscriminado e excessivo de medicamentos pode expor pacientes, principalmente os idosos, a efeitos colaterais desnecessários e interações potencialmente perigosas. Além dos idosos consumirem mais medicamentos que outras faixas etárias, eles costumam ser particularmente mais vulneráveis aos efeitos colaterais. De maneira aproximada, em países mais desenvolvidos, embora os idosos componham 18% da população geral, eles são responsáveis por quase 40% das prescrições. Nesse grupo, 1/3 dos idosos não costuma tomar nenhum medicamento, 1/3 faz uso de uma ou duas drogas, e 1/3 utiliza 3 ou mais remédios (Cartwright e Smith, 1988). São em torno de 10% os idosos que utilizam cinco ou mais medicamentos. Alterações fisiológicas do envelhecimento, seja no sistema cardiocirculatório, respiratório, renal ou no próprio sistema nervoso central, são as responsáveis pela maior predisposição dos idosos à complicações durante a hospitalização. Essas complicações se dão tanto nos tratamentos clínicos, quanto durante e após cirurgias, inclusive determinando maior mortalidade. Problemas em medicar idosos ➢ Esquece medicação: SCO – psicose. ➢ Adesão instável ou pobre: Preço – efeitos adversos, manuseio difícil, acesso a farm. ➢ Reações incomuns: drogas em excesso.
Problemas em medicar idosos ➢ Esquece medicação: SCO – psicose. ➢ Adesão instável ou pobre: Preço – efeitos adversos, manuseio difícil, acesso a farm. ➢ Reações incomuns: drogas em excesso, vários médicos. Álcool, fumo, cafeína. Doenças, desnutrição. ➢ Confusão no tomar: pílulas parecidas ➢ Não adesão por capricho: briga por controle toma demais ou de menos Medicar Idosos ➢ 6- Lembre-se que depois de um tempo de utilização do medicamento, o médico pode reavaliar e começar a retirar gradualmente, em doses decrescentes durante o decorrer da semana. ➢ 7- Apesar das doenças crônicas serem muito comuns no idoso, não é necessário tarjar a medicação de para sempre, pois com o passar dos anos as drogas podem ser trocadas, reavaliadas e com isso substituídas e o idoso que ouviu o para sempre, pode não querer aceitar esta nova situação. Por isso cuidado com a forma de falar. ➢ 8- Solicite que em toda a consulta o paciente traga as medicações em uso e explique como está usando, ou mesmo o cuidador explique caso o paciente não tenha discernimento. Observa-se em muitos casos o erro nas dosagens e até novas medicações que não foram prescritas. ➢ 9- Altere uma droga por vez, assim será bem mais fácil analisar os efeitos de cada fármaco. E desta forma facilita a vida do paciente. ➢ 10- Prescreva os medicamentos de preferência de baixo custo, de dosagem única ou mesmo de duas vezes ao dia e de embalagem de fácil manipulação.
Medicar idosos ➢ 1- O tratamento medicamentoso deve ser utilizado apenas quando o idoso possa ter sua qualidade de vida prejudicada. Sempre que possível procure usar as orientações para os cuidados básicos ao familiar ou ao cuidador do idoso, o tratamento não farmacológico, o tratamento com fisioterapia se necessário, a psicoterapia, desse modo o tratamento medicamentoso só nos casos necessários. Deve-se estabelecer o contato com os demais profissionais a respeito das drogas e assim diminuirmos os riscos de interações medicamentosas. ➢ 2- A dose inicial de uma medicação no paciente geriátrico deve ser 25% a 50% da dose padrão, devido principalmente as alterações metabólicas e de excreção dos fármacos e as alterações do ponto de vista nutricional. ➢ 3- A medicação pode ser aumentada gradativamente, por semana, assim o idoso vai se adaptando gradativamente. ➢ 4- Quando iniciar um novo medicamento, primeiro oriente o paciente sobre as dosagens e os horários, o porquê de estar sendo utilizado, os efeitos colaterais e por quanto tempo será o tratamento. ➢ 5- A organização feita pelo paciente ou mesmo pelo familiar por meio de um diário, pode ajudar a equipe na reavaliação de cada paciente referente ao medicamento e o seu efeito esperado.
Apresentação de Problemas Psiquiátricos no Idoso ➢ Na emergência ➢ Doença Física ➢ Efeitos da medicação ➢ Grande mudança do meio ambiente. ➢ Doença paranoide (primária ou secundária) ➢ Tentativa de suicídio
➢ Não emergencial ➢ Depressão ( leve ou moderada) ➢ Demência. Idem ➢ Handicaps piorando ➢ Doença neurótica (ansiedade e hipocondria). ➢ alcoolismo
Classificando Problemas Geriátricos ➢ Imobilidade ➢ Instabilidade ➢ Incontinência ➢ Desajuste intelectual ➢ Infecção ➢ Desajuste de visão e audição ➢ Cólon inflamado Isolamento (depressão) Desnutrição, Falta de dinheiro Iatrogenia Insônia
Déficit imunológico
Disfunção Sexual (impotência)
Incontinência Urinária: efeitos adversos Saúde Física Rachadura da pele Infecções urinarias Sepses – morte
Saúde psicológica, Afastamento. Isolamento Depressão Dependência
Fatores socioeconômicos Peso sobre a família e amigos.
Predisposição a internação Custos: Suprimentos (forros, cateteres etc. Lavanderia. Empregadas. Imobilidade, muitos fatores físicos, psicológicos e ambientais podem causar A imobilidade nos idosos. As causas mais comuns são: Musculoesqueléticas (artrite, osteoporose, fraturas) neurológicas. AVC. D. de Parkinson. Neuropatias. Cardiovasculares. Coronariopatas. Angina.
Insuficiência. Doença Pulmonar. DBPOC Problemas visuais
Medo causado pela instabilidade, medo de cair. Dor Depressão. Desnutrição. Câncer generalizado etc. Efeitos colaterais de drogas (p.ex. rigidez antipsicótica induzida) Instabilidade e Quedas
Perigos ambientais comuns Móveis velhos e instáveis. Camas e toaletes de alturas não apropriadas. Escadas desiguais e balaústres inadequados. Tapetes avulsos e desfiados. Iluminação fraca. Drogas, psicotrópico.