João Romildo Fanucci Bueno não gostava de homenagens. Esta sempre foi uma máxima para todos que trabalharam ou conviveram com ele de alguma forma, ou melhor, todos que tiveram o prazer de conviver com o grande Romildex. Todos sabem, também. Que Romildo era um rebelde, como ele mesmo dizia, uma anarquista pensante. Por isso, hoje, em sua homenagem, serei rebelde também. Romildo foi meu mentor e amigo, junto com Itiro, meu irmão japonês, mas muito mais que isso, o grande incentivador da ABP. Foi presidente da Associação de 1983 a 1986, e desde então esteve presente ocupando diversos cargos., todos voluntários, onde demonstrava sempre muita dedicação e muito amor.

A Psiquiatria tem muito a agradecer ao grande Romildo, todos nós sabemos. No ano passado, durante o CBP, fizemos uma Mesa em sua homenagem e à psicofarmacologia no Brasil. Como sempre, foi um sucesso. Romildo nos deixou no mês do psiquiatra, uma semana depois de completar 81 anos. Não esperava isto agora de maneira alguma, mas um dos maiores psiquiatras brasileiros de todos os tempos só podia ser assim.

Obrigado meu irmão, Pai Psiquiatra e amigo de todas as horas. A.G.S.

Depoimentos

… Passei o dia de hoje com os olhos marejados, mirando nossos abraços, nossas poses, recordando nossos cochichos jocosos quando estávamos juntos em solenidades maçantes. …

(William Dunninghan)

… Perdi meu amigo e que com benevolência e paciência discutia (me ensinava) psicopatologia e que acreditava além de se divertir com os rasgos psicopatológicos de José Saramago. Que falta fará… (Juberty de Souza)

Ele deixa um exemplo de competência, seriedade, criatividade, capacidade pedagógica e de solidariedade militante, que serão bons modelos para os que continuam nessa árdua tarefa de ajudar aos necessitados. Parte, mas continuará conosco. (Luiz Ilafont Coronel)

Atualmente exercia a função de Secretário Geral da APAL. Na sua longa carreira docente participou diretamente na formação de inúmeros médicos, psiquiatras, mestres e doutores. (Pesar manifestado por Pedro Eugênio M. Ferreira da PUC de Porto Alegre).

Abandonastes alguns longevos como eu (84 anos) que ainda esperavam contar com sua inteligência e teimosia. (José Raimundo Lippi-MG).

Sentimo-nos triste e enlutados, perdemos uma pessoa que nos fará muita falta. (JRP Abreu-RS).

Exerceu medicina por mais de 50 anos, dedicado a uma psiquiatria científica, sendo nosso grande Psicofarmacologista. Fica a lembrança de alguém que muito colaborou para qualificação de gerações de médicos. Cláudio Martins, Euclides Gomes-RS)

O Homem vai. A obra fica. Obrigado pelos ensinamentos, pelas provocações e pelas reflexões, professor! (Henrique Fogaça-SC).

O exemplo do Romildo como psiquiatra, acadêmico, cidadão e amigo ficará para Sempre. Sinto tua falta caro Romildo (Antônio Pacheco Palha-Porto, PT).

Meus sentimentos à família do grande e polêmico Mestre Romildo Bueno. Hamilton Filho-SE).

Todas as boas lembranças que temos com ele serão eternas. (Rafael Reichert).

Que o Romildo descanse em paz e que sua família encontre consolo neste momento. (Quirino Cordeiro).

Como discípulo saudamos sua participação na psiquiatria do Espírito Santo (Fausto Amarante).

Inacreditável a perda de alguém como Romildo. A maioria dos psiquiatras brasileiros carregam no coração e nas memórias alguma passagem em que Romildo esteve. Sempre o admirei: numa época atrás, estivemos muito próximos. Um gigante de erudição e de turrão, “sempre do contra”. Viagem final, sem volta, deixa-nos repentinamente. Logo um coração de dragão como o seu, se vai numa trela, num cochilo fora de qualquer previsão de tempo. Hoje e sempre teremos que conviver com a lembrança de um homem magnífico para os que souberam respeitá-lo e traduzi-lo. Meu coração ainda está roendo por dentro e apertado. Adeus amigo (Everton Sougey-PE).

Tristeza expressada por Antônio Peregrino, Sérgio Cutin.

Rapaz, que tristeza. Fernando Câmara-RJ)

Que Deus o tenha (Gustavo Xavier).

Sem palavra (Zacharias-SP).

No que se refere ao Romildo, disse que ele representava o Professor, por excelência; aquela emérita pessoa, cuja dedicação, conhecimentos, carisma e extraordinária participação docente onde quer que ele estivesse, fez dele um dos verdadeiros ídolos da ABP. Foi com uma surpresa singular que soube do seu falecimento. Para mim é como se ele fosse continuar eternamente dentro da ABP. Vejo agora que eu estava certo: ele continuará conosco até nós mesmos encerrarmos nossas atividades. (Luiz Mabilde-RS).

Tristeza. Não tenho palavras. No aniversário dele dei parabéns e pelo menos mais 15 anos de vida. Ele respondeu Itiro-san, 15 anos é muito para mim, não quero ficar decrépito. Se 15 anos era muito, dez dias foi muito pouco. Chocante. Nos seis anos de Diretoria que ficamos juntos tivemos uma convivência muito próxima, carinhosa e de respeito mútuo. Tive a honra de conviver de perto com o maior psiquiatra brasileiros. (Itiro Shirakawa-SP).

Muito triste… Perde a Psiquiatria brasileira, perde a ABP, perdem o bom senso, a crítica e a imparcialidade, perde a capacidade de reflexão, mas principalmente, perdemos nós que gostávamos dele e o admirávamos como profissional, mas principalmente como a grande pessoa que ele era. Fico muito triste (Francisco Assumpção-RJ).

Lamento a perda do grande professor Romildo, que de Minas conquistou o mundo. (Humberto Correa-MG).

Lamento pesaroso a perde de um grande mestre, mas principalmente, um grande amigo. (Marcos Gebara-RJ).

Uma perda irreparável para todos psiquiatras do Brasil. Estamos em luto. (José Cássio Pitta)

Lamentável perda, que Deus o receba Prof. Romildo Bueno (Salomão Rodrigues Filho-GO).

Lamentável Perda (Alonso Aquino)

Triste Notícia (Vicente Gomes).

Que triste surpresa. Peço a Deus que o ampare e ilumine (Alexander-Almeida).

Muito triste. Perdi um amigo e meu chefe de Residência no IPUB (Oswaldo Barbosa-RS).

Difícil aceitar esse fato tão natural que é a morte (Rafael Alcântara).

Vai-se um exemplo de ser humano, de ética, de sabedoria e competência… (Ruy Palhano).

Seguem-se manifestações de Antônio Alvim, Birman, Marcelo Feijó, Mateus Diniz, José Alberto e muitos outros.

Há algum tempo enviei de presente para o querido Romildo uma garrafa de cerveja, a que ele se referiu aqui, cujo nome é Deus. Ao final da tarde recebi a seguinte mensagem:

“Prezado Jaber, ao chegar em casa, “Deus me aguardava”, agradecido, informo que beberei de joelhos”. Beba todas agora, amado Professor. (Jorge Jaber-RJ)

 

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