ZAGO, Daniela¹;

KURTZ, Carolina Carvalho¹;

BERTAN, Carolline Araujo¹;

SILVA, Joridalma Graziela Rossi Rocha e¹;

FERLE, Gabriela Moreira¹;

SANTOS, Vanessa Almeida ¹;

NÓIA, Ivanir Karina¹;

SANTOS, Humberto Müller Martins dos²

 

 

¹ Acadêmicas do 11º período de Medicina, Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal – FACIMED.

² Médico Psiquiatra especialista ABP; Professor titular de Saúde mental do curso de Medicina – FACIMED; Diretor Secretário do Núcleo Psiquiatria de Rondônia.

Correspondência: Humberto Muller Martins dos Santos. Centro Clínico Muller.

Rua Almirante Barroso, 1433, Centro, CEP: 76900-079, Ji-Paraná – RO. Email: [email protected]

 

resumo

 

Objetivo: conhecer o perfil clínico e sociodemográfico dos pacientes atendidos em um Ambulatório Especializado em Saúde Mental no interior da Amazônia Legal. Métodos: trata-se de um estudo observacional, transversal com abordagem quantitativa, onde foram analisados 142 prontuários, de pacientes atendidos entre maio de 2014 a abril de 2017. A coleta de dados ocorreu no mês de maio de 2017, por meio de um instrumento de coleta de dados criado pelos autores do estudo.  Para análise dos dados, foi utilizada a tabulação convencional estatística com auxílio de ferramentas do Microsoft Excel (p=o.o5). Resultados: a maioria dos pacientes é do gênero feminino (67.6%), com idade entre 40 e 50 anos. Os transtornos depressivos e transtornos ansiosos foram os mais frequentes, ambos com 18.2%, seguido de transtorno afetivo bipolar (13.3%) e esquizofrenia (11.5%). A classe de psicofármaco mais utilizada foi a de antidepressivos (49.2%), seguido de antipsicóticos (24.9%), ansiolíticos (8.8%) e estabilizadores de humor (8.8%). 56.3% dos pacientes apresentavam história familiar de transtornos mentais. Ainda, a maioria dos pacientes não reside no município de Cacoal (52.1%), mostrando a influência do ambulatório na região. Chamou atenção para o elevado número de abandono de tratamento (60.2%), que talvez possa estar relacionado ao período de funcionamento do ambulatório estudado. Conclusão: metade dos pacientes atendidos no ambulatório provém de cidades vizinhas sendo a maioria do sexo feminino. Os transtornos depressivos e ansiosos são as patologias mais frequentes e a classe de psicofármaco mais utilizada é a dos antidepressivos.

 

PALAVRAS-CHAVES: Psiquiatria. Ambulatorial. Psicofármacos.

 

RESUME

Objective: To get to know the clinical and sociodemographic profile of patients assisted in a clinic specialized in mental health in the interior of Legal Amazon. Methods: It is about an observational, cross-sectional study with quantitative approach, where 142 medical records were analyzed, from patients assisted between May 2014 and April 2017. The data collecting happened in May 2017, by a collecting instrument created by the study’s author. For the data analysis, it was used a conventional tabulation statistics with aid from tools of Microsoft Excel (p = o,o5). Results: the majority of patients is from feminine gender (67.6%), with ages between 40 and 50 years old. Depressive and anxious disorders were the most frequent, both with 18.2%, followed by bipolar affective disorder (13.3%) and schizophrenia (11.5%). The most widely used class of psychoactive drug was antidepressant (49.2%), followed by antipsychotic (24.9%), anxiolytic (8.8%) and mood stabilizers (8.8%). 56.3% from patients presented familiar history of mental disorder. Still, most patients don´t reside in the municipality of Cacoal (52.1%), showing the influence from the ambulatory in the region. The high number of dropouts attracted attention (60.2%) and may be related to the period of operation of the working hours of the clinic studied. Conclusion: half of patients attended on the clinic are from neighboring towns and the majority of patients is from feminine gender. Depressive and anxious disorders are the most common and antidepressants are the most used class of psychotropic drugs.

 

 KEYWORDS: psychiatry; outpatient clinic; psychoactive drugs.

 

  1. Introdução

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como um estado de completo bem-estar físico, psíquico e social e não simplesmente a ausência de enfermidades ou outras patologias, entretanto, afirma não existir uma definição oficial de saúde mental.¹ São amplamente reconhecidas e estudadas as questões referentes à saúde mental e qualidade de vida, uma vez que, são fundamentais para uma organização mais efetiva do sistema de saúde e o planejamento de promoção em saúde.²

Os transtornos mentais e comportamentais são universais, atingindo pessoas de todos os países e sociedades, incluindo todas as idades, gêneros, classes sociais, em áreas urbanas e rurais, sendo que mais de 25% da população será afetada em alguma fase da vida. Cerca de 450 milhões de pessoas no mundo sofrem de perturbações psiquiátricas ou neurobiológicas, e a depressão grave é atualmente a principal causa de incapacitação em todo o mundo. (OMS, 2001)¹

Os transtornos se distribuem na população de forma concentrada nos anos de maior contribuição social e intelectual, acarretando incapacitação e perda de dias de serviço, e sabendo que a população idosa vem aumentando, também se espera a elevação de doenças crônicas e distúrbios psiquiátricos. ³ Logo compreende-se a importância do diagnóstico precoce de pacientes com transtornos mentais e instituição do tratamento, visando o melhor prognóstico dos mesmos.

Esse estudo tem como finalidade caracterizar o perfil clínico e sociodemográfico dos pacientes atendidos no Ambulatório Especializado em Saúde Mental, localizado na Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal – FACIMED, unidade I, em Cacoal – RO, quanto ao gênero, raça, idade, estado civil, escolaridade, profissão, região de moradia, diagnóstico (CID-10), principais sintomas, classe do psicofármaco em uso, histórico familiar de transtornos psiquiátricos, registro de abandono de tratamento ou acompanhamento regular no ambulatório e registro de internação por quadro psiquiátrico, para que por meio do conhecimento dessas informações possa se oferecer subsídio para propostas e programas de intervenção, com o intuito de contribuir para a melhoria no desempenho das ações em saúde mental, e consequentemente beneficiar a população atendida.

 

  1. Métodos

Trata-se de uma pesquisa descritiva-transversal de caráter quantitativo, realizada no Ambulatório Especializado em Saúde Mental – Unidade I da FACIMED no município de Cacoal – RO, mediante autorização prévia da direção do estabelecimento, bem como aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa Sociedade Regional De Educação e Cultura Ltda.

Os dados foram coletados pelos autores do projeto por meio de um instrumento de coleta previamente elaborado, contendo as seguintes informações: gênero, raça, idade, estado civil, escolaridade, profissão, região de moradia, diagnóstico (CID-10), principais sintomas, classe do psicofármaco em uso, histórico familiar de transtornos psiquiátricos, registro de abandono de tratamento ou acompanhamento regular no ambulatório e registro de internação por quadro psiquiátrico.

O estudo compreendeu a análise de 142 prontuários de pacientes atendidos no Ambulatório desde o início de seu funcionamento, logo o período compreendido foi entre julho de 2014 e abril de 2017. Foram incluídos todos os prontuários que tinham pelo menos um registro de atendimento psiquiátrico, e foram excluídos os que não continham registro. Os usuários foram identificados pelo número do prontuário, garantindo o anonimato dos participantes e a confidencialidade das informações obtidas. Os dados coletados tiveram tratamento baseado na estatística descritiva, utilizando medidas de tendência central e dispersão, por meio da utilização do Microsoft Excel. Os resultados foram apresentados em formas de tabelas com valores absolutos e porcentagem e gráficos. A amostra possui nível de significância de 0,05.

 

  1. Resultados

Observou-se que a maioria dos pacientes é do sexo feminino (67.6%), com faixa etária predominante entre 40 e 50 anos (38%).  Desse grupo, quanto ao estado civil, 43,7% são casadas, seguido de 20.8% solteiras, 18.7% divorciadas e 7.3/% viúvas.

No sexo masculino predomina a faixa etária entre 40 e 50 anos (22,7%), e com relação ao estado civil os solteiros são a maioria, com 60,9%, seguido de casados com 28.3%.

Notou-se que as variáveis raça, escolaridade e profissão não foram informadas em grande parte dos prontuários, sendo a porcentagem não informada 95.8%, 80.3% e 40.8%, respectivamente. Entre os 59.2% prontuários que contém a profissão, 21.4% são estudantes, 15.4% do lar e 10.7% aposentados.  Foi visto que a maioria dos pacientes apresentava história familiar de transtornos mentais (56.3%).  Observa-se que 52,1% dos pacientes são provenientes de outros municípios do estado de Rondônia.

As patologias mais frequentes são episódios depressivos (CID 10 F32) e transtornos ansiosos (CID 10 F21), ambas com 18.2%, seguido de transtorno afetivo bipolar – CID 10 F31 (13.3%), esquizofrenia – CID 10 F20 (11.5%), e depressão recorrente (8.5%), transtorno de somatização – CID 10 F45 (3.6%), entre outras.

O sintoma mais prevalente foi a alteração de humor, totalizando 26,9%, entre os quais podemos citar a raiva, tristeza, desanimo, euforia, etc. Logo após destaca-se a ansiedade (14.7%), insônia (10.3%), alucinações (9.2%), isolamento social (6.8%), ideação suicida (6.2%) e tentativa suicida (6%).

Entre os psicofármacos utilizados, a classe mais prescrita foi a dos antidepressivos com 49.2%, seguido de antipsicóticos (24.9%), ansiolítico/hipnótico (8.8%) e estabilizadores de humor (8.8%).

Em relação ao tempo de tratamento, 46% dos pacientes apresentavam uma única consulta, 40.5% entre 2 e 11 meses de acompanhamento e tratamento e apenas 13,5% apresentou tempo de tratamento superior a um ano. O relato de internação por quadro psiquiátrico foi de 10,6%.

Foi considerado paciente em acompanhamento aqueles cuja última consulta não ultrapassou o período de doze meses (um ano), chamando atenção para o elevado número de abandono de tratamento, totalizando 60.6%.

 

  1. Discussão

Os transtornos mentais comuns vêm apresentando crescimento da prevalência em vários países, e esta prevalência é significantemente maior nas mulheres.4 A maioria dos pacientes atendidos no ambulatório em questão foi do sexo feminino (61.7%) e o transtorno ansioso foi a patologia mais comum entre elas (21.8%). Os transtornos ansiosos são mais comuns em mulheres5 e segundo Kinrys e Wygant6 elas possuem uma probabilidade duas vezes maior de preencherem os critérios de TAG ao longo da vida.  Na literatura frequentemente encontra-se trabalhos que conciliam com as prevalências encontradas4. (gráfico 1)

O segundo transtorno mais comum entre as mulheres foram os episódios depressivos com 18.2%, que englobam episódios de caráter leve a grave, a qual também é mais comum no sexo feminino. A prevalência de transtornos depressivos chega a 15% na população mundial, podendo chegar até a 25% nas mulheres, e o maior acometimento no sexo feminino leva a hipóteses para a razão disto, como diferenças hormonais, estressores diferentes para os sexos, efeito de gerar filhos, etc.5 Segundo Kaplan e Sadock, a idade média para início do transtorno depressivo é aos 40 anos, concordando com a faixa etária com maior frequência em nosso estudo, tanto em mulheres como homens (gráfico 2).

O transtorno afetivo bipolar (TAB) apresentou uma prevalência de 14.5% entre as mulheres neste estudo. Na literatura o TAB apresenta uma prevalência durante a vida de cerca de 0.6% para o tipo I e 0.4% para o tipo II na população geral.7 Em um estudo realizado no Ambulatório da Residência de Psiquiatria do Hospital Universitário Regional de Maringá, a prevalência de TAB no ambulatório psiquiátrico pesquisado foi de 16% entre homens e mulheres.8

O gênero masculino apresenta uma amostra menor de indivíduos comparados ao sexo feminino, totalizando 32,4% dos pacientes, sendo que 22,7% destes apresentam-se entre 40 e 60 anos.

Nesses pacientes, constatou-se que a patologia mais prevalente é a esquizofrenia (gráfico 3). De acordo com Kaplan & Sadock, a esquizofrenia acomete homens e mulheres na mesma proporção e o que difere entre os gêneros é a idade de início, sendo que os homens têm pico de início mais precoce, geralmente entre os 10 e 25 anos.5 Entretanto, como podemos observar em estudos, a prevalência de esquizofrenia no ambulatório em questão também foi maior em pacientes do sexo masculino.8 Especula-se que essa maior prevalência em homens se deve ao fato de que esses pacientes costumam procurar ajuda médica quando acometidos por patologias mais graves e incapacitantes.9

O segundo diagnóstico mais frequente no gênero masculino foi o transtorno depressivo. Em um estudo realizado em 200410, ressaltou que homens em condições socioeconômicas mais favorecidas apresentaram maiores taxas de depressão do que as mulheres nessa mesma condição. E que o contrário se fez verdadeiro em classes mais pobres.

Em terceiro e quarto lugar, com a mesma taxa de prevalência de 10,9%, destacaram-se o transtorno afetivo bipolar e os transtornos ansiosos no sexo masculino. Segundo Kaplan e Sadock5, em contraste com o transtorno depressivo maior, o transtorno afetivo bipolar tem uma prevalência igual entre homens e mulheres sendo que os episódios maníacos são mais prevalentes nos homens e os depressivos, nas mulheres. Entre os fatores associados estão o histórico familiar de TAB, situação socioeconômica desfavorável e estressores ambientais, somáticos e de personalidade, divórcio ou separação, problemas no trabalho ou interpessoais e doença11.

Dentre os transtornos ansiosos, podemos citar o transtorno de pânico, que se caracteriza pela ocorrência espontânea e inesperada de ataques de pânico, isto é, períodos distintos de medo intenso que podem variar de vários ataques por dia a apenas poucos por ano. Ainda, a taxa de prevalência desse transtorno, ao longo da vida, na população geral, é de 1,5 a 5%. E a prevalência é de 2 a 3 vezes maior em mulheres, mas acredita-se que essa taxa possa estar relacionada ao subdiagnóstico no sexo masculino.5

As variáveis raça, escolaridade e profissão não foram possíveis de serem avaliadas, visto que a porcentagem não informada foi de 95.8%, 80.3% e 40.3%, respectivamente. Melhorar o preenchimento dos prontuários é parte fundamental para conhecermos amplamente as questões socioculturais de nossos pacientes, tendo como medidas a serem adotadas a orientação correta às técnicas que fazem a triagem do paciente, explicando a devida importância, e orientar os acadêmicos que ao notarem a falha, as complementem.

Ao observar a procedência dos pacientes atendidos neste ambulatório, nota-se que 52.1% não residem no município de Cacoal, mas em municípios próximos, dentro do Estado. Isso se deve ao fato de se tratar de um ambulatório onde os pacientes são regulados pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Rondônia.

É importante ressaltar que o serviço avaliado conta apenas com tratamento ambulatorial, não possuindo serviço próprio de internação. Porém, dos pacientes atendidos, 10.6% já haviam sido internados previamente em decorrência de sua doença psiquiátrica. Segundo Quevedo e Carvalho12, as situações que caracterizam as indicações para internação psiquiátrica são: risco de suicídio, risco de agressão, risco de homicídio, autonegligência grave, refratariedade e patologia de difícil controle em nível ambulatorial, troca de esquema terapêutico que exija cuidados ou que coloque o paciente em situação de risco, paciente sem suporte familiar, necessário para tratamento ideal.

Segundo o DSM – V, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders13, os quadros depressivos se manifestam por alguns sintomas principais, como alterações de humor, anedonia, fadiga, distúrbios do sono, perda ou ganho de peso acentuado sem estar em dieta, sentimento de inutilidade ou culpa excessiva, pensamentos de morte recorrentes, ideações suicidas e tentativas suicidas. Visto que os transtornos depressivos e transtornos ansiosos foram os mais comuns no nosso serviço, explica-se a predominância dos sintomas encontrados – com maior porcentagem as alterações de humor (26,9%), seguido por ansiedade (14.7%) e insônia (10.3%).

 

Quanto ao histórico familiar, sabe-se que pacientes que possuem algum familiar com transtorno psiquiátrico tem chances muito maiores de também desenvolver um quadro de transtorno mental, e que essa chance aumenta ainda mais se o familiar for de primeiro grau. Podemos citar como exemplo a esquizofrenia, que é considerada uma desordem hereditária.14

Outro exemplo é o transtorno de pânico. Alguns estudos realizados puderam demonstrar que parentes de primeiro grau de pacientes com esse transtorno têm aproximadamente oito vezes mais chances de desenvolver um quadro similar do que os pacientes do grupo-controle, que não apresentavam histórico familiar.15

Em nosso ambulatório, 56,3% dos pacientes apresenta histórico familiar de algum transtorno psiquiátrico, corroborando os dados das literaturas.

Com relação aos fármacos mais utilizados, a classe em destaque é a dos antidepressivos (49,2%), seguida pelos antipsicóticos (24,9%) e pelos estabilizadores do humor e ansiolíticos, ambos com a mesma porcentagem de uso (8,8%). Esses dados claramente se relacionam com os diagnósticos mais frequentes em nosso ambulatório.

Chama atenção para o elevado número de abandono de tratamento, que totalizou 60.6%. Neste estudo foi considerado abandono de tratamento o paciente que não compareceu ao ambulatório no período de 12 meses ou mais desde sua última consulta, desde que não foi concedida alta ambulatorial.  Em diversos trabalhos sobre adesão ao tratamento medicamentoso, mostrou-se baixo grau de adesão ao tratamento psicofarmacológico.16,17 Em um estudo feito no Canadá com 6201 pacientes, o grau de não adesão variou entre 34.6% e 45.9%, entre as classes de psicofármacos.18

Entre as possíveis causas para esse dado, tem relevância a constante manifestação dos sintomas que podem interferir no senso crítico dos pacientes, deixar de tomar o medicamento por estar bem ou por ter efeitos colaterais, ou ainda acreditar que ‘’está curado’’. Além disso, o serviço em questão se trata de um ambulatório com vínculo acadêmico, operando apenas durante o período letivo, e oferecendo atendimento somente uma vez por semana, fato que possa interferir no seguimento contínuo dos pacientes.

Essa pesquisa apresenta como limitações o preenchimento incompleto dos prontuários, onde muitos desses não continham todas as informações. Além disso, estudos transversais têm como limitação a impossibilidade de aplicar causalidade.

  1. Conclusão

O presente estudo identificou alta taxa de utilização do serviço por pacientes portadores de transtornos depressivos e transtornos ansiosos, seguido de transtorno afetivo bipolar, esquizofrenia e transtorno depressivo recorrente. A maioria dos pacientes foi do gênero feminino, com faixa etária entre 40 e 50 anos. A classe de psicofármaco mais utilizada foi a de antidepressivos (49.2%), seguido de antipsicóticos (24.9%), ansiolíticos (8.8%) e estabilizadores de humor (8.8%). 56.3% dos pacientes apresentavam história familiar de transtornos mentais. O elevado número de abandono de tratamento (60.2%) pode estar relacionado ao período de funcionamento do ambulatório estudado.

 

  1. REFERÊNCIAS

 

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ANEXOS

 

GRAFICOS

Gráfico 1:

Gráfico 2:

 

Gráfico 3:

 

 

 

 

 

 

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