Volume 22 - Novembro de 2017
Editor: Giovanni Torello

Outubro de 2012 - Vol.17 - Nº 10

Psiquiatria na Prática Médica

TRANSTORNO COMPULSIVO ALIMENTAR PERIODICO TCAP

Prof. Dra. Márcia Gonçalves*


Introdução

Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica é um transtorno psiquiátrico que acaba por desencadear muitas patologias orgânicas como dislepidemias, obesidade, hipertensão, diabetes entre outras.

NO TCPA a  atitude caracterizada por episódios de comer grandes quantidades de comida em intervalos curtos de tempo, sensação de perda de controle sobre o ato de comer e, em seguida, arrependimento de ter comido. Esses episódios de hiperfagia são referidos na literatura internacional com o nome de Binge Eating.

Stunkard observou também que a Síndrome do Comer Noturno tendia a ser desencadeada pelo estresse e que seus sintomas diminuíam quando o estresse era aliviado.1

Em estudos posteriores e muito detalhados (Birketvedt et al, 1999) mostraram que a Síndrome do Comer Noturno aparece em 10% das pessoas que se tratam de obesidade e em 27% daquelas submetidas à cirurgia para obesidade.2

O Transtorno de compulsão alimentar compulsiva TCAP foi então incluído no Apêndice B do DSM-IV, designado para categorias diagnósticas que ainda requerem ser melhor estudadas. Os critérios ali propostos para o diagnóstico do “Transtorno da compulsão alimentar periódica” requerem a presença de:

               Episódios recorrentes de compulsão periódica. Um episódio de compulsão periódica (“binge eating”) é caracterizado por ambos os seguintes critérios: 1 – ingestão, em um período limitado de tempo (por exemplo, dentro de um período de duas horas), de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria em um período similar, sob circunstâncias similares; 2 – um sentimento de falta de controle sobre o episódio (por exemplo, um sentimento de não conseguir parar ou controlar o quê ou quanto se está comendo).

                               Os episódios de compulsão periódica (“binge eating”), estão associados a três (ou mais) dos seguintes critérios: 1 – comer muito mais rapidamente do que o normal; 2 – comer até sentir-se incomodamente repleto; 3 – comer grandes quantidades de alimentos, quando não fisicamente faminto; 4 – comer sozinho, por embaraço pela quantidade de alimentos que consome; 5 – sentir repulsa por si mesmo, depressão ou demasiada culpa após comer excessivamente.

                               Acentuada angústia relativa à compulsão periódica.

                               A compulsão periódica ocorre, pelo menos dois dias por semana, durante seis meses. O método de determinação da freqüência difere daquele usado para a bulimia nervosa; futuras pesquisas devem dirigir-se à decisão quanto ao método preferencial para o estabelecimento de um limiar de freqüência, isto é, contar o número de dias nos quais ocorre a compulsão ou contar o número de episódios de compulsão periódica.

                               A compulsão periódica não está associada com o uso regular de comportamentos compensatórios inadequados (por exemplo, purgação, jejuns, exercícios excessivos), nem ocorre durante o curso de anorexia nervosa ou bulimia nervosa.


Transformações do conceito de compulsão alimentar

Como foi visto, compulsão alimentar é definida por duas características: consumo de grandes quantidades de alimento mais o sentimento de perda de controle sobre o episódio. Sua definição é utilizada de forma idêntica para o “Transtorno da compulsão alimentar periódica” e para a “Bulimia nervosa”.

Manteve-se a questão do tempo da compulsão em um período delimitado, ou seja, é necessário que esta se dê em um único momento; indivíduos que “lambiscam” o dia todo não preenchem os requisitos de compulsão alimentar. Explicitou-se o que é uma grande quantidade de alimentos (“maior do que a maioria das pessoas consumiria em um período similar, sob circunstâncias similares”) e acrescentou-se o sentimento de perda de controle. Até então “perda de controle” fazia parte dos critérios diagnósticos de bulimia nervosa, mas não da definição da compulsão alimentar.7

Etiologia: 
Os Transtornos Alimentares têm causas múltiplas, envolvendo, como quase sempre na psiquiatria, as predisposições genéticas e constitucionais, as influências socioculturais e as vulnerabilidades psicológicas pessoais. Essas são as condições que poderíamos colocar a Compulsão Alimentar Periódica.

Tratamento
Deve ser abordado multifatorialmente , com uso de medicamentos, intervenções psicológicas e nutricionais.

Três classes de medicamentos têm sido estudadas em ensaios controlados Os antidepressivos, ( os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS) (Devlin, 1996).

A sibutramina,  e os anti-impulsivos (Estabilizadores do Humor), como oxcarbazepina, topiramato , lamotrigina, ácido valpróico ou divalproato de sódio que também são bastante úteis neste tratamento.

Para o  tempo de tratamento é recomendável que se continue por, no mínimo, um ano depois do desaparecimento dos sintomas.

Novas modalidades de tratamento estão sendo realizadas com sucesso em diversas artes do mundo.

Com relação aos tratamentos complementares, e psicossociais, pode-se exemplificar com os Comedores Compulsivos Anônimos (CCA) , que é uma comunidade de ajuda mútua, formada por homens e mulheres que possuem problemas relacionados a comida, incluindo, mas não limitado ao comer compulsivo.

Os grupos de CCA oferecem auxílio a todos que sofrem de transtornos alimentares, tais como: comer compulsivo,anorexia, bulemia, obssessão por dietas.

O CCA foi criado em janeiro de 1960 emLos Angeles nos EUA, por algumas frequentadoras de  Alcoolicos anônimos com trasntornos alimentares.

Todo o programa de CCA - Comedores Compulsivos Anônimos foi baseado em AA, utilizam inclusive, os 12 e12 tradições, substituindo as palavras álcool e alcoólico para comida e comedor compulsivo.

Hoje, o CCA está presente em mais de 75 países com aproximadamente 6.500 grupos formados.

Para participar e ser membro de CCA, o único requisito é o desejo de parar de comer compulsivamente, conforme descrito na terceira tradição.

Em CCA não existem regras sobre como se alimentar, cada um é livre para fazer seu próprio plano alimentar, de acordo com suas necessidades e/ou possibilidades.

Não há taxas ou mensalidades, os grupos são mantidos pelas doações espontâneas dos membros de CCA. Também não há interferências externas nas reuniões: profissionais da saúde, religião, etc. O que existe é uma troca mútua de experiência de cada membro sobre o comer compulsivo.

CCA sugere a utilização de oito instrumentos de recuperação: umplanoa limentar

, reuniões, telefone, serviço, anonimato, apadrinhamento, literatura e escritos.

Escala de Binge apra compulsão alimentar

ESCALA DE COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA
BES (BINGE EATING SCALE)
Autores:
Gormally J, Black S, Daston S, Rardin D. (1982).
Tradutores: Freitas S, Appolinario JC. (2001).
Tradução da “Binge Eating Scale”
Freitas S et al.
Rev Bras Psiquiatr 2001;23(4):215-20

Você encontrará abaixo grupos de afirmações numeradas. Leia todas as afirmações em cada grupo e marque, nesta folha, aquela que melhor descreve o modo como você se sente em relação aos problemas que tem para controlar seu comportamento alimentar.

# 1
( ) 1. Eu não me sinto constrangido(a) com o meu peso ou o tamanho do meu corpo quando estou com outras pessoas.
( ) 2. Eu me sinto preocupado(a) em como pareço para os outros, mas isto, normalmente, não me faz sentir desapontado(a) comigo mesmo(a).
( ) 3. Eu fico mesmo constrangido(a) com a minha aparência e o meu peso, o que me faz sentir desapontado(a) comigo mesmo(a).
( ) 4. Eu me sinto muito constrangido(a) com o meu peso e, freqüentemente, sinto muita vergonha e desprezo por mim mesmo(a). Tento evitar contatos sociais por causa desse constrangimento.

# 2
( ) 1. Eu não tenho nenhuma dificuldade para comer devagar, de maneira apropriada.
( ) 2. Embora pareça que eu devore os alimentos, não acabo me sentindo empanturrado(a) por comer demais.
( ) 3. Às vezes tendo a comer rapidamente, sentindo-me então desconfortavelmente cheio(a) depois.
( ) 4. Eu tenho o hábito de engolir minha comida sem realmente mastigála. Quando isto acontece, em geral me sinto desconfortavelmente empanturrado(a) por ter comido demais.

# 3
( ) 1. Eu me sinto capaz de controlar meus impulsos para comer, quando eu quero.
( ) 2. Eu sinto que tenho falhado em controlar meu comportamento alimentar mais do que a média das pessoas.
( ) 3. Eu me sinto totalmente incapaz de controlar meus impulsos para comer.
( ) 4. Por me sentir tão incapaz de controlar meu comportamento alimentar, entro em desespero tentando manter o controle.

# 4
( ) 1. Eu não tenho o hábito de comer quando estou chateado(a).
( ) 2. Às vezes eu como quando estou chateado(a) mas, freqüentemente, sou capaz de me ocupar e afastar minha mente da comida.
( ) 3. Eu tenho o hábito regular de comer quando estou chateado(a) mas, de vez em quando, posso usar alguma outra atividade para afastar minha mente da comida.
( ) 4. Eu tenho o forte hábito de comer quando estou chateado(a). Nada parece me ajudar a parar com esse hábito.

# 5
( ) 1. Normalmente quando como alguma coisa é porque estou fisicamente com fome.
( ) 2. De vez em quando como alguma coisa por impulso, mesmo quando não estou realmente com fome.
( ) 3. Eu tenho o hábito regular de comer alimentos que realmente não aprecio para satisfazer uma sensação de fome, mesmo que fisicamente eu não necessite de comida.
( ) 4. Mesmo que não esteja fisicamente com fome, tenho uma sensação de fome em minha boca que somente parece ser satisfeita quando eu como um alimento, tipo um sanduíche, que enche a minha boca. Às vezes, quando eu como o alimento para satisfazer minha “fome na boca”, em seguida eu o cuspo, assim não ganharei peso.

# 6
( ) 1. Eu não sinto qualquer culpa ou ódio de mim mesmo(a) depois de comer demais.
( ) 2. De vez em quando sinto culpa ou ódio de mim mesmo(a) depois de comer demais.
( ) 3. Quase o tempo todo sinto muita culpa ou ódio de mim mesmo(a) depois de comer demais.

# 7
( ) 1. Eu não perco o controle total da minha alimentação quando estou em dieta, mesmo após períodos em que como demais.
( ) 2. Às vezes, quando estou em dieta e como um alimento proibido, sinto como se tivesse estragado tudo e como ainda mais.
( ) 3. Freqüentemente, quando como demais durante uma dieta, tenho o hábito de dizer para mim mesmo(a): “agora que estraguei tudo, porque não irei até o fim”. Quando isto acontece, eu como ainda mais.
( ) 4. Eu tenho o hábito regular de começar dietas rigorosas por mim mesmo(a), mas quebro as dietas entrando numa compulsão alimentar. Minha vida parece ser “uma festa” ou “um morrer de fome”.

# 8
( ) 1. Eu raramente como tanta comida a ponto de me sentir desconfortavelmente empanturrado(a) depois.
( ) 2. Normalmente, cerca de uma vez por mês, como uma tal quantidade de comida que acabo me sentindo muito empanturrado(a).
( ) 3. Eu tenho períodos regulares durante o mês, quando como grandes quantidades de comida, seja na hora das refeições, seja nos lanches.
( ) 4. Eu como tanta comida que, regularmente, me sinto bastante desconfortável depois de comer e, algumas vezes, um pouco enjoado(a).

# 9
( ) 1. Em geral, minha ingesta calórica não sobe a níveis muito altos, nem desce a níveis muito baixos.
( ) 2. Às vezes, depois de comer demais, tento reduzir minha ingesta calórica para quase nada, para compensar o excesso de calorias que ingeri.
( ) 3. Eu tenho o hábito regular de comer demais durante a noite. Parece que a minha rotina não é estar com fome de manhã, mas comer demais à noite.
( ) 4. Na minha vida adulta tenho tido períodos, que duram semanas, nos quais praticamente me mato de fome. Isto se segue a períodos em que como demais. Parece que vivo uma vida de “festa” ou de “morrer de fome”.

#10
( ) 1. Normalmente eu sou capaz de parar de comer quando quero. Eu sei quando “já chega”.
( ) 2. De vez em quando, eu tenho uma compulsão para comer que parece que não posso controlar.
( ) 3. Freqüentemente tenho fortes impulsos para comer que parece que não sou capaz de controlar, mas, em outras ocasiões, posso controlar meus impulsos para comer.
( ) 4. Eu me sinto incapaz de controlar impulsos para comer. Eu tenho medo de não ser capaz de parar de comer por vontade própria.

#11
( ) 1. Eu não tenho problema algum para parar de comer quando me sinto cheio(a).
( ) 2. Eu, normalmente, posso parar de comer quando me sinto cheio(a) mas, de vez em quando, comer demais me deixa desconfortavelmente empanturrado(a).
( ) 3. Eu tenho um problema para parar de comer uma vez que eu tenha começado e, normalmente, sinto-me desconfortavelmente empanturrado(a) depois que faço uma refeição.
( ) 4. Por eu ter o problema de não ser capaz de parar de comer quando quero, às vezes tenho que provocar o vômito, usar laxativos e/ou diuréticos para aliviar minha sensação de empanturramento.

#12
( ) 1. Parece que eu como tanto quando estou com os outros (reuniões familiares, sociais), como quando estou sozinho(a).
( ) 2. Às vezes, quando eu estou com outras pessoas, não como tanto quanto eu quero comer porque me sinto constrangido(a) com o meu comportamento alimentar.
( ) 3. Freqüentemente eu como só uma pequena quantidade de comida quando outros estão presentes, pois me sinto muito embaraçado(a) com o meu comportamento alimentar.
( ) 4. Eu me sinto tão envergonhado(a) por comer demais que escolho horas para comer demais quando sei que ninguém me verá. Eu me sinto como uma pessoa que se esconde para comer.

#13
( ) 1 Eu faço três refeições ao dia com apenas um lanche ocasional entre as refeições.
( ) 2. Eu faço três refeições ao dia mas, normalmente, também lancho entre as refeições.
( ) 3. Quando eu faço lanches pesados, tenho o hábito de pular as refeições regulares.
( ) 4. Há períodos regulares em que parece que eu estou continuamente comendo, sem refeições planejadas.

#14
( ) 1. Eu não penso muito em tentar controlar impulsos indesejáveis para comer.
( ) 2. Pelo menos, em algum momento, sinto que meus pensamentos estão “pré-ocupados” com tentar controlar meus impulsos para comer.
( ) 3. Freqüentemente, sinto que gasto muito tempo pensando no quanto comi ou tentando não comer mais.
( ) 4. Parece, para mim, que a maior parte das horas que passo acordado(a) estão “pré-ocupadas” por pensamentos sobre comer ou não comer. Sinto como se eu estivesse constantemente lutando para não comer.

#15
( ) 1. Eu não penso muito sobre comida.
( ) 2. Eu tenho fortes desejos por comida, mas eles só duram curtos períodos de tempo.
( ) 3. Há dias em que parece que eu não posso pensar em mais nada a não ser comida.
( ) 4. Na maioria dos dias, meus pensamentos parecem estar “pré-ocupados” com comida. Sinto como se eu vivesse para comer.

#16
( ) 1. Eu normalmente sei se estou ou não fisicamente com fome. Eu como a porção certa de comida para me satisfazer.
( ) 2. De vez em quando eu me sinto em dúvida para saber se estou ou não fisicamente com fome. Nessas ocasiões é difícil saber quanto eu deveria comer para me satisfazer.
( ) 3. Mesmo que se eu pudesse saber quantas calorias eu deveria ingerir, não teria idéia alguma de qual seria a quantidade “normal” de comida para mim.



Veja tabela abaixo para os resultados

Grade de correção da Escala de Compulsão Alimentar
Periódica.

 

#1

#2

#3

#4

#5

#6

#7

#8

1 = 0

1 = 0

1 = 0

1 = 0

1 = 0

1 = 0

1 = 0

1 = 0

2 = 0

2 = 1

2 = 1

2 = 0

2 = 1

2 = 1

2 = 1

2 = 1

3 = 1

3 = 2

3 = 3

3 = 0

3 = 2

3 = 3

3 = 3

3 = 2

4 = 3

4 = 3

4 = 3

4 = 2

4 = 3

 -

4 = 3

4 = 3

 

 

 

 

 

 

 

 

#9

#10

#11

#12

#13

#14

#15

#16

1 = 0

1 = 0

1 = 0

1 = 0

1 = 0

1 = 0

1 = 0

1 = 0

2 = 1

2 = 1

2 = 1

2 = 1

2 = 1

2 = 1

2 = 1

2 = 1

3 = 2

3 = 2

3 = 2

3 = 2

3 = 2

3 = 2

3 = 2

3 = 2

4 = 3

4 = 3

4 = 3

4 = 3

4 = 3

4 = 3

4 = 3

 -

 

Escores:
Menor ou igual 17 = normal
Entre 17 e 30 = variação de inclinação ao comer muito (de nada a muito)
30 ou mais = Compulsão alimentar Periódica

Referências

              Stunkard AJ - Night eating syndrome. In: Fairburn CG, Brownell KD, editors. Eating disorders and obesity. 2nd ed. New York: Guilford Press; 2002. p. 183-7.

                              Birketvedt G, Florholmen J, Sundsfjord J, Osterud B, Dinges D, Bilker W et al. - Behavioral and neuroendocrine characteristics of the night eating syndrome. JAMA 1999;282:657-63.

                              DSM-IV-TR – Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (Trad.
Cláudia Dornelles; 4 e.d. rev. – Porto Alegre: Artmed, 2002. Jenike MA, Baer L, Minichiello WE, Raunch SL, Buttolph ML
- Placebo-controlled trial of fluoxetine and phenelzine for OCD. Am J Psychiatry 1997;154(9):1261-4.

               Garfinkel PE, Kennedy SH, Kaplan AS. Views on classification and diagnosis of eating disorders. Can J Psychiatry 1995;40:445-56.

                              

                               Fairburn CG, Wilson GT, eds. Binge eating: nature, assessment and treatment. New York: The Guilford Press, 1993. p. 3-14.

                              

                               Callaway CW, Greenwood MRC. Introduction to the workshop on methods for characterizing human obesity. Int J Obes 1984;8:477-80.

              Devlin MJ - Assessment and treatment of binge-eating disorder. Psychiatr Clin North Am 1996;19:4:761-72.

                               www.comedorescompulsivos.org.br/

                              Ballone GJ , Moura EC- Transtorno Compulsão Alimentar Periódica - in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, revisto em 2007

*Psiquiatra – ABP/AMB

Prof. De psiquiatria da UNITAU –Taubaté – SP

[email protected]


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